terça-feira, 2 de agosto de 2011

Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba


PARQUE NACIONAL RESTINGA DE JURUBATIBA


HISTÓRICO

            O Parque Nacional de Jurubatiba è uma Unidade de Conservação Federal que tem como objetivo conservar e preservar, para fins científicos, paisagístico e recreativo. O Parque localiza-se no nordeste do estado do Rio de Janeiro, abrangendo os municípios de Macaé, Carapebus e Quissamã, criado em 29 de julho de 1998, sendo o primeiro Parque Nacional em área de restinga.
            O Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, com 14.860 hectares. Sendo 44 km, de costa está inserido em planície arenosa costeira. A área em questão, embora seja regionalmente conhecida como restinga, é na realidade um conjunto de ecossistemas diferenciados pela elevada biodiversidade e grande fragilidade ecológica. A região abriga ainda 18 lagoas costeiras. A restinga de Jurubatiba é um trecho único do litoral brasileiro, o qual é biograficamente diferenciado das demais, através de processos ecológicos, de fauna e flora.

FORMAÇÃO GEOLÓGICA:
     Essa restinga, a maior do país, foi formada a partir do recuo do mar durante o período quaternário.
A justaposição sucessiva de depósitos arenosos paralelos à costa criou dunas de 3 a 8 metros de altura, com até 10 metros de largura, dando origem a planície arenosa e a, pelo menos, 18 lagoas.
     Os solos são basicamente do tipo regossolo, sendo também encontrados solos salinos e orgânicos. A temperatura média anual variam em torno de 22º C e 24º C e a precipitação anual 1,000 mm  e 1,350 mm.

HIDROGRAFIA:
    Há pelo menos 18 lagoas e centenas de pequenos brejos, cada qual suas característica físico-química da água e, conseqüentemente, com diferentes vegetação e animais. O nível d’água, concentração de nutrientes, micro-organismos, sais e oxigênio de cada lagoa varia periodicamente de acordo com diversos níveis de fenômenos naturais.
            As dimensões das lagoas diminuíram bastante nos últimos 200 anos devido à ação humana, com a construção de canais artificiais, drenagem de brejos adjacentes ou utilização de suas águas na irrigação. As dimensões das lagoas também variam bastante de acordo com a época do ano, as muito pequenas praticamente tornam-se charcos no período de seca.

     Seguindo-se no sentido sudoeste-nordeste, as maiores ou mais conhecidas são:  Lagoa Cabiúnas,   lagoa comprida,   lagoa de Carapebus,  lagoa paulista,  lagoa piripiri,  lagoa do vesgueiro, lagoa preta
        A região é cortada por inúmeros canais naturais ou artificiais. O mais longo e famoso é o canal Campos - Macaé, um canal artificial construído na metade do século XIX. Como não é utilizado para navegação comercial desde 1863, o canal Campos - Macaé encontra-se atualmente assoreado e eutrofizado em boa parte da restinga, sendo parte integrante da paisagem.

VEGETAÇÃO:

            O Parque abrange formações vegetacionais que variam desde a praia (formação rastejante), passando por arbusto esparsos, áreas permanentemente ou periodicamente alagadas, até as florestas altas nos locais mais distantes do mar. As seguintes formações fisionômicas que são identificadas no Parque:

·         Praial graminóide (herbáceas rasteiras na beira da praia);
·         Pós-praia (arbustiva fechada);
·          Arbustiva aberta de Clusia;
·         Arbustiva aberta de Ericácea;
·         Mata de restinga (periodicamente inundada);
·         Mata paludosa (permanentemente inundada);
·         Mata de cordão arenoso (na regiões mais úmidas entre as dunas)
·         Arbustiva aberta de Palmae;
·         Graminóide com arbustos (herbácea brejosa)
·         Formação aquática

A vegetação litorânea situada no município de Quissamã apresenta problemas de permanência, face às condições desfavoráveis ditados pela natureza dos solos e pela ação dos ventos. Os solos são pobres em nutrientes, bastante permeáveis e relativamente secos nas camadas superficiais, sendo grande a evaporação a que estão sujeitos. Quanto à ação dos ventos, esta se traduz principalmente pela danificação da parte aérea dos vegetais, bem como o soterramento destes pelas dunas.

FAUNA:

A fauna da região ainda está em estudo. Muitas das espécies extintas em outra restingas do estado podem ser encontradas na restinga de Jurubatiba, sendo este trecho do litoral uma importante área de refúgio para muitas espécies, entre elas Papagaio Chauá (Amazona rhodocorytha) e a Sabiá da Praia (Mimus gilvus). Da qualidade ecológica das lagoas costeiras dependem várias espécies de aves residentes ou migratórias, tais como: garças, maguaris, carões, socós, gaviões, frangos d’água, jaçanãs. Alem das aves serem encontradas na restingas, animais como a lontra, o jacaré de papo amarelo e o cágado do brejo. Existem também espécies endêmicas como as borboletas (Menander felsina) e a belíssima borboleta da restinga (Parides ascanius).

Algumas espécies encontradas no Parque:

- Crustáceos;
- Peixes;
            - Répteis;
            - Aves;
            - Mamíferos;

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